Trabalho de Oficina de Teatro

Oficina de teatro

Personagens:

Carla nº 7 - Filha Pinguim
Joana nº 10 – Mãe Pinguim

Filha – Mãe, cheguei! O carteiro já veio hoje ?

Mãe – Sim, as cartas estão aqui.

Filha – Eu perguntei... O carteiro já veio hoje ?

Mãe – Sim, está bem... Contas, contas, contas, contas e mais contas! Não dá mais para viver assim!

Filha – Não, não! Não me quero mudar para outro continente para que posamos começar uma vida nova! Eu tenho uma vida estabelecida aqui, os meus amigos, a minha família... e o que serei eu sem o meu carteiro?! E a Júlia, o Francisco, o José...

Mãe – Opá, calma! Eu só ia pedir umas cenas à vizinha da rua... sabes, aquela rua que, tipo, tu vais bué em frente e depois cortas à direita e vês a ruazinha... o teu carteiro?!

Filha – Sim, o Rafa! Ele é meu!

Mãe – Ah, com que então eras tu a sirigaita com quem ele anda metido! Pois estás enganada, ele é meu!

Filha – Esquece mãe! Não aguento viver mais assim!

Mãe – Assim como?

Filha – Contigo, mãe, contigo! Já é a 28ª vez que me roubas o namorado! Está na altura de dar de frosques!

Mãe – Oh, pelo amor de Deus, não exageres! Também não é razão para te pores na alheta! Pelos vistos já aconteceu 28 vezes e nunca fugiste!...

Filha – Mas desta vez é demais! Passaste dos limites, mãe, passaste dos limites!

Mãe – Então vai! Vai, se é mesmo isso que queres! Mas ficas já a saber que quando voltares, eu não vou cá estar para te abrir a porta!

Filha – Nem te dês ao trabalho! Eu levo as chaves de casa!!

Mãe – Então... de que é que estás à espera? Vá baza!

Filha – Ok, mãe. Adeus!

Mãe – Boa viagem!

(Carla sai disparada, fechado a porta atrás de si. Joana vira-se para o público.)

Mãe – Não se preocupem, ela volta sensivelmente dentro de 10 segundos. Iniciemos a contagem então!
1...2...3...4...5...6...7...8...9...10!

(Carla entra desiludida.)

Filha – Ele está lá fora com outra tipa qualquer!...

(Mãe e filha abraçam-se.)

FIM